Japan
PRIMEIRA VIAJEM AO JAPÃO
Durante boa parte de minha vida não havia sequer entrado em um avião. Curiosamente, durante a noite, quando era criança sonhava estar vendo tudo desde muito alto, as casas eram como pequenos pontos coloridos a quilômetros de distância e eu parecia planar no ar.
Os anos se passaram e a vida mudou. Após minha viagem à Espanha e à Colômbia em 2010, eu estava voando para o outro lado do mundo, a terra do sol nascente.
Foi algo especial e um presente pelo meu esforço, pois em fevereiro de 2010, quando voltava do meu primeiro treinamento internacional na Espanha com meu querido professor Emílio Martínez, ao chegar no Brasil fui avisado de que havia um gerente japonês visitando o Brasil e que eu iria que ter uma reunião com ele para contar como havia sido a viagem.
Após passar mais de 40 dias falando espanhol, teria que fazer uma reunião em inglês, um idioma que não dominava nada. Neste momento, preparei no fim de semana uma apresentação de powerpoint e fui com a cara e a coragem para a reunião.
Apesar de passar o fim de semana todo treinando para poder apresentar, quando cheguei na sala e vi sentados o presidente japonês Matsushiro-san, meu gerente japonês Hiwasa-san e o visitante gerente japonês, confesso que minha tranquilidade ficou do lado de fora da porta.
Abri então, a apresentação e a primeira palavra que saiu da minha boca foi "BUENO", no mesmo momento todos começaram a rir e eu perdi completamente o controle, não saia uma palavra em inglês mais.
Foi divertido para eles e ao final eu ri também, porém tive que fazer a apresentação em "Portañol" porque ainda me escapavam palavras em espanhol e a tradução ficou por parte de Hiwasa-san.
Só me lembro do gerente do Japão rindo e dizendo "Ele não sabe falar inglês", essa frase ficou na minha cabeça e eu decidi mudar esta história. Comecei a ver vídeos no youtube, ler livros básicos de inglês e andava com áudio em inglês o tempo todo, pelas manhãs quando me dirigia à empresa, tanto dentro do trem como andando pelas ruas eu ia falando palavras e frases em inglês como um louco, era realmente estranho e todos me olhavam um pouco assustados e sem entender a situação, porém, nada disto me importava, somente que eu queria e iria falar inglês no mínimo tempo possível.
Um ano se passou e um ano de dedicação ao idioma, quando então, o mesmo gerente japonês retornou ao Brasil para fazer uma visita a várias instituições. Naquela ocasião, meu gerente local me chamou e explicou que teríamos de levar o visitante durante 3 dias a vários eventos e que como ele somente falava japonês e inglês, que eu preparasse um roteiro e apresentasse em uma reunião prévia o que iriamos fazer.
Entrei na reunião tranquilo e com tudo preparado, comecei a reunião falando em inglês e quando terminou a reunião meu gerente disse: "Parabéns! Seu idioma melhorou muito, aliás, agora você fala inglês", por isto, você mesmo se encarregará de levar o visitante durante os três dias.
Assustado com a notícia, já me sentia arrependido de ter me esforçado tanto nesta reunião, mas enfim, já estava feito e assim foi. O visitante chegou e eu o levei para visitar as bandas e instituições. Fiz a tradução de tudo para ele e ao final dos três dias, antes de sua volta ao Japão ele me convidou para jantar em um restaurante japonês no bairro Liberdade em São Paulo. Com ele estavam o presidente da companhia e meu gerente local, também japonês.
Durante o jantar, ele me agradeceu todo o acompanhamento, cuidado e esforço, e também me parabenizou pelo nível de inglês. Eu o agradeci e ele enfatizou que eu estava falando em inglês muito bem e relembrou o dia da reunião do ano anterior. Foi uma gargalhada generalizada pelo fato de lembrar daquela reunião. Logo após, ele virou para o presidente e disse que me queria visitando o Japão no ano seguinte e completou dizendo que eu havia me preparado tanto que merecia conhecer o país e também receber treinamento direto da fábrica.
Assim foi o início de minha primeira viagem ao Japão!
Os dias se aproximavam do dia do embarque e eu não conseguia assimilar que iria fazer uma viagem tão longa, sozinho, sem tradutor, sem companhia e tudo estava sob minha responsabilidade. Obviamente que a Companhia cuidou de cada detalhe com mapas, indicações, fotos e tudo o que eu precisava para poder chegar à cidade de Hamamatsu onde ficaria instalado no dormitório de alunos da Academia Yamaha de técnicos de instrumentos de sopro, até um telefone estava alugado no aeroporto para que eu pudesse me comunicar com todos, mas claro, chegando ao Japão eu teria que alugar este telefone, então o desafio era grande.
Além disto, passaria o fim de semana em Tóquio antes de me dirigir a Hamamatsu e Tóquio é um bom lugar para se perder, gente para todos os lados, estações de metrô e de trem que assustam a qualquer um pela quantidade de linhas e o tamanho da estação central.
Estação de Tóquio
Mapa de trêm e metrô de Tóquio
Meu voo sairia às 20 horas, mas eu com todo o medo que tinha de que algo acontecesse errado, saí da empresa em um táxi ao meio dia, foi minha sorte!
Quando entramos na avenida Airton Senna, um caminhão havia atravessado a pista e estava tudo parado. Passamos 2 horas sem sair do local e o motorista estava desesperado, mas eu sabia que felizmente tinha tempo de sobra para chegar ao aeroporto. Lembro-me de ter embarcado e como em cada viagem sempre acontecia o mesmo, eu parava e pensava: "Em que confusão você se meteu Araken?", isto sempre passava pela minha cabeça e confesso que muitas vezes ainda passa quando crio por conta própria, as oportunidades de viagens.
O voo fazia conexão no aeroporto de Hamburgo na Alemanha e lá já tive o primeiro desafio do idioma, mas tudo saiu bem, encontrei a porta de embarque sem muitas dificuldades e não saí dali enquanto o avião não tinha chegado e enfim, pude embarcar, tamanho era o medo de que mudassem o portão e eu me perdesse, ou pior, perdesse o voo.
Neste voo até a Alemanha, sentou-se ao meu lado uma brasileira com traços de japonesa que estava completamente aflita por ter que fazer a conexão na Alemanha pois, não falava uma palavra em inglês, então eu a tranquilizei e disse que pegaria o mesmo voo ao Japão e a ajudaria durante a conexão. E assim o fiz, me sentia o máximo já ajudando pessoas com o novo idioma.
Aeroporto de Frankfurt
Um aeroporto que parece uma cidade
Quando embarcamos, ela me agradeceu e disse que era casada com um japonês, que voltava para sua casa no Japão e ali me desejou boa viagem e desapareceu no imenso avião.
Chegando ao Japão, meu sossego desapareceu. Tudo era diferente, muito organizado mas eu não entendia uma palavra de tudo que via, tudo em japonês e nenhuma palavra em inglês. Até hoje não sei se foi o medo que bloqueou minha mente ou se realmente nada estava em inglês, e inclusive, até hoje quando vou ao Japão, vou no automático e não me lembro de nada.
O fato é que, eu necessitava achar o balcão de aluguel de telefone, me comunicar com eles, alugar o tal do telefone, encontrar a estação de metrô, comprar o bilhete tanto do metrô como do trem e embarcar para o centro de Tóquio. Simplesmente isto, foi impossível de fazer a tempo de pegar o trem no horário em que estava anotado no roteiro e o desespero chegou.
Milagrosamente, encontrei a brasileira do avião que se dispôs a me ajudar e ali seguimos juntos até encontrar seu marido japonês. que após encontrá-lo, muito gentilmente me ajudou a alugar o telefone e ainda, me levou até a cabine para comprar os bilhetes e fez as indicações de como pegar o metrô.
Lá, todas as linhas de metrô estavam sinalizadas no chão com uma cor para cada destino, e bastava seguir as cores que realmente chegaria destino desejado. Nunca me senti tão contente de ter ajudado a alguém e de receber ajuda como pagamento da minha boa ação. Recomendo aos viajantes fazerem amizades em suas viagens, pois isto ajuda muito, e claro, tomando todos os cuidados possíveis, porque apesar de haverem pessoas de bom coração, há também pessoas más por aí.
Peguei o trem dentro da estação de metrô e me dirigi ao hotel com os mapas que havia recebido na empresa. Esta foi a parte mais fácil da viagem porém, já estava muito cansado e com fome. Chegando ao hotel tarde da noite, já não havia jantar e eu me deliciei com o que o Japão oferece de melhor em tecnologia, as máquinas de venda de bebidas e lanches nas ruas, são dezenas, dezenas não, centenas, ou melhor, milhares de máquinas que estão para todos os lados.
Saí do hotel prestando bastante atenção para não perder a sua direção e comi tantos lanches quantos cabiam na minha barriga, assim fui dormir meu primeiro sono em solo japonês. Mas engano meu, com um fuso horário de 12 horas, eu passei a noite em claro e somente quando o dia começou a amanhecer que eu comecei a sentir sono, tarde demais, tinha que ir tomar café e conhecer a rua porque o fim de semana seria muito curto.
chás diversos
Todos os tipos de bebida
Comidas embaladas para todos os gostos
Aquário de Toquio
Aquário de Toquio
Aquário de Toquio
Aquário de Toquio
Fui então, ver o sol nascer no Japão. Um dia maravilhoso com pessoas e cultura completamente diferentes, um espetáculo cultural e um choque de diferenças para o paulista caipira que chegava ali sozinho.
Meninas de quimonos com pele branca como o papel, guarda-sóis coloridos e de diversos formatos, cabelos de todos os tipos e cores: rosa, azul, vermelho, amarelo; um festival de cores nos edifícios e nas pessoas mas ninguém olhava para ninguém. Uma quantidade de pessoas incríveis e todos em silencio, a cidade parecia ainda dormir em pleno dia.
Quimonos de todos os tipos
E de todas as cores
Tenho que registrar algo especial: "o único lugar do mundo em que se vende no Mc Donalds, o hambúrger de camarão, foi meu prato preferido durante aquele maravilhoso fim de semana. Também não pude perder a oportunidade de visitar o aquário de Tóquio que era impressionantemente bonito.
Foi um fim de semana solitário porque os japoneses são muito reservados e de difícil aproximação com os ocidentais em situações normais. Talvez, eu seja o mais caipira e que por vergonha também tenha cooperado para isto, mas de qualquer maneira, o fim de semana foi ótimo e só pensava que um dia poderia trazer meus filhos para conhecer este lugar tao maravilhoso. Aliás, todos os locais nos quais visito, sempre penso neles e meu maior desejo é que eles possam também ter uma oportunidade parecida ou melhor que a que eu tive em minha vida.
Uma experiência única
Big Mac de camarão
Tudo muito diferente
Me dirigi à estação de metrô com a esperança de visitar Akihabara, que é o bairro de lojas de tecnologia, nossa Santa Efigênia japonesa, pois já queria gastar dinheiro em tecnologias e conhecer este lugar tão especial que todos comentavam mas, confesso que nem cheguei a comprar o bilhete de metrô quando vi a quantidade de linhas e de gente dentro da estação. Voltei para a rua com cara de cachorro arrependido.
Estava completamente convencido de que se pegasse o metrô eu estaria lá perdido até hoje, mas claro, isto é coisa de caipira e de gente que nunca viajou ao Japão, todos ali ajudam as pessoas a se encontrarem, são completamente prestativos e atentos a tudo e a todos, sendo assim, eu jamais teria me perdido.
Linhas representadas por cores
Centenas de conexões trem metrô
Milhares de japoneses na estação
Foi um fim de semana incrível, porém, já estava na hora de iniciar a nova etapa da viagem que era enfrentar a estação de trem e metrô de Tóquio. Pegar o metrô até a estação de trem e pegar o trem-bala, chamado Chinkansen, até Hamamatsu para se encontrar com meu guia que me levaria ao alojamento de alunos. Assim o fiz e consegui chegar a salvo em Hamamatsu para encontrar a pessoa que iria me acompanhar. Para mim, seria muito difícil encontrá-lo, porém, para ele seria tarefa fácil, tendo em vista que eu era o único não asiático por ali.
Foi incrível pegar um trem tão rápido e passar ao lado do monte Fuji, que era um sonho meu em poder vê-lo tão de perto, mesmo que fosse dentro de um trem. Aquela visão do monte Fuji, me deixou arrepiado.
Chinkansen
Estação de Toquio
Visão do Monte Fuji de dentro do trem
Após encontrar meu guia e ir de carro até o alojamento, no caminho já um pouco escuro, eu me surpreendia com a arquitetura das casas japonesas, simples e ao mesmo tempo tão diferentes de nossa realidade. Iria me surpreender ainda mais nos dias seguintes, pois o melhor estava por chegar, que era conhecer Papa-san e Mama-san.
Papa-san e Mama-san
Papa-san e Mama-san são um casal de caseiros do alojamento de estudantes, ele é dividido em um lado de alunos homens e outro de alunas mulheres, não existe contato entre os dois grupos e Papa-san cuida dos meninos e Mama-san das meninas.
Quando desembarquei minha mala de viagem e passei da porta de entrada do alojamento, entendi que realmente havia diferenças culturais e de organização que ainda não havia vivido. No hotel ainda que a comida tivesse seu ponto de diferença, as ruas e as pessoas também, obviamente, são bem japonesas. Hamamatsu, era uma cidade afastada e tinha ficado em um alojamento para japoneses, que já não era um local adaptado aos estrangeiros pois, tudo estava extremamente limpo e organizado, o silêncio e o respeito era absolutamente perfeito.
Na entrada central, havia uma placa com meu nome em japonês esperando minha chegada e me pediram para pegar a placa e passar da recepção para uma antessala. Neste lugar havia um quadro verde com várias placas iguais à minha, de um lado o nome escrito em vermelho para indicar que eu estaria fora do alojamento e outro em preto para indicar que eu estaria ali dentro.
Me explicaram que era muito importante eu virar a placa ao entrar e ao sair. Esta seria minha primeira missão pois, às 10 horas da noite o portão principal e a porta de entrada do alojamento fechariam automaticamente e se eu esquecesse de virar a placa que indicava que eu estava fora, eu iria dormir na rua porque, após os portões fecharem, ninguém entra e nem sai do alojamento. Assim, para evitar problemas, o Papa-san precisaria saber se eu estava dentro do alojamento antes da 10 horas da noite e caso isto não ocorresse, ele chamaria meu guia para ajudar a me localizar, pois o frio naquele momento era forte, chovia muito e para ajudar, tínhamos a passagem de um furacão sobre o Japão naquela semana.
Quadro com nome da turma alojada no dormitório
Quarto 207 Mr. Araken Busto
Noticias do Furacão na TV
Havia um armário para pôr os sapatos e chinelos japoneses ao entrar no edifício pois, os sapatos normais não poderiam tocar o solo interno do edifício em nenhuma situação.
Depositei meus sapatos em uma das caixas e me acomodei com um chinelo macio para então me sentar em um sofá de couro e ouvir todas as regras do alojamento.
Papa-san deve ter falado, provavelmente, por uns 40 minutos em japonês porque não falava outra língua e o tradutor tentando me explicar o inexplicável, jamais poderia gravar tantas regras e tantos costumes diferentes. A separação do lixo era em mais de 10 tipos de classificações, por exemplo, uma garrafa de refrigerante tinha que separar a garrafa do rótulo e da tampa e dividir em classificações diferentes que seriam depositadas em dias diferentes em locais diferentes em frente ao alojamento. Confesso que retornei várias vezes a este alojamento e nunca consegui cumprir esta missão. Ainda bem que os alunos me ajudavam a separá-lo e eles mesmos se encarregavam de me mostrar onde e o que colocar a cada dia da semana.
A comida para as duas próximas semanas havia que ser escolhida e decidida ali, naquele mesmo momento e por serem comidas locais e totalmente diferentes de um hotel, o próprio guia não sabia como explicar que tipo de comida era e eu apostei na sorte, coloquei um x em vários dias e em pratos diferentes, pensava erroneamente que poderia reparar isto nos próximos dias, engano meu, tudo foi seguido à risca até o dia da minha saída.
Me lembrava deste momento de descuido todos os dias em que me serviam pelas manhãs ou à noite, um arroz e um ovo cru. Eles quebram o ovo cru sobre o arroz que com seu calor faz um leve cozimento no ovo e ao remover tudo, cria uma pasta de ovo com arroz, um desastre para meu paladar.
Arroz com ovo servido no dormitório
Comida do restaurante, tinha melhor aparência
Então, me apresentaram os banheiros. Para tomar banho, havia banquinhos de crianças e uma ducha na altura da minha cintura, eram vários, um ao lado do outro, onde todos tomavam banho ao mesmo tempo, além de ter que carimbar um dos banquinhos que havia sido utilizado por sabe lá quem.
Na frente dos vários chuveiros, uma jacuzzi imensa onde vários alunos entravam juntos e ficavam ali sentados em um degrau interno e ficavam vendo a todos tomar banho de costas para eles, uma visão que eu realmente não quis experimentar.
Banheiro comunitário japonês, com banquinhos carimbados
O banheiro e lavanderia eram os mais estranhos e diferentes. Não havia vaso sanitário, somente latrinas e para entrar neste espaço havia que trocar outra vez os calçados. Na porta havia outros tipos de chinelos, desta vez, de plásticos que determinavam seu uso dentro deste espaço.
Abri a primeira, a segunda, a terceira porta dos pequenos espaços com latrinas e pensei como seriam meus próximos dias, porém, quando abri a última porta, tive uma visão salvadora, um vaso sanitário que tinha na lateral um painel de controle com mais botões do que o meu Peugeot 207 sedan que havia deixado no Brasil.
Deixei para me aventurar quando todos estivessem dormindo porque sabia que seria difícil de saber usar tal coisa.
Latrinas
Visão interna dos corredores
Privada salvadora
Ao entrar no quarto onde passaria as duas próximas semanas, vi um pequeno espaço junto à porta onde deixaria o chinelo e um tatame de palha que seria meu espaço e cama, armazenado em sacos bem higienizados, os poucos cobertores, um fino tufon japonês, um armário simples e uma estante pequena, tudo iluminado por uma pequena janela na parede em um quarto de uns 2 por 1,30 metros. Este seria meu quarto por vários dias.
Uma bacia, um tecido e alguns cabides eram as únicas coisas que existiam ali, todas as demais coisas estavam dentro da minha maleta.
Quarto 207
Tomar banho e lavar roupas
Meu colção e travesseiro
Regalias de conforto para minha estadia
A cama
Assim foi minha chegada. Após me despedir do meu guia que me explicou que no dia seguinte às 08:00hs da manhã sairia o ônibus para a fábrica e que eu não poderia me atrasar nenhum segundo porque eles eram mais pontuais que os britânicos para isto, desfiz minha maleta, organizei meus utensílios, carimbei pela primeira vez o banquinho para tomar banho e fui tentar dormir, tendo em vista que o fuso horário ainda assombrava as minhas noites em claro.
Para continuar esta longa história, irei adicionando mais informações aqui no nosso blog, se você gostou, se increva para receber as atualizações e poder seguir sabendo tudo o que ocorreu durante esta maravilhosa viagem.
Um grande abraço a todos e espero que tenham gostado de ler até aqui!